1-
INTRODUÇÃO
O aprendizado exige o uso de novas
tecnologias capazes de revolucionar o sistema educacional. O uso adequado das
tecnologias pelos docentes, faz delas potencialidades imprescindíveis ao
ensino-aprendizagem.
As TICs são
chamadas as tecnologias da Informação e Comunicação, multiplicam as possibilidades
de pesquisa e informação e a relação com a sociedade.
Os alunos
vivem a comunicação virtual ou pelo menos anseiam realizar essa atividade e
quando o professor usa as TICs como
aliada ele consegue ter a atenção dos educando e criar um ambiente favorável
para a aprendizagem.
Muitos estudos
mostram a escola pouco atraente para os jovens e até mesmo os adultos que vem
de uma tradição educacional com quadro e aula simplesmente expositiva eles
percebem a necessidade de adequar ao uso dessas tecnologias que os impedem de
realizar inúmeras atividades como até mesmo a de assistir um filme ou retirar o
pagamento do banco. Inserir esses estudantes no mundo digital é
devolver-lhes a dignidade e o direito que lhes foi negado no decorrer de sua
existência.
A escola precisa
atender a nova clientela ou pelos propiciar que ela esteja inserida na
sociedade com suas necessidades. Os alunos querem uma escola produtora e para
isso ela precisa vencer a inércia que se encontra saindo da posição
expectadora.
Na perspectiva de atender e capacitar os alunos para viver em harmonia
com as TICs, é necessário implantar um projeto que entenda as necessidades dos
jovens e adultos e direcione a atender seus interesses e perspectivas.
Esse projeto terá
como objetivo um resgate na vida social e posteriormente uma válvula de escape
para um novo mercado de trabalho.
Para que
se consiga transformar/melhorar a educação em nossas escolas necessitamos de
várias ações que provoquem no educando impacto significativo em suas vidas.
Pretendemos com esse projeto introduzir aos
educandos da EJA no mundo das tecnologias, fazendo com que estes se apropriem
dos conhecimentos necessários para lidar com o computador, a internet e
percebam as possibilidades abertas para que atinjam um novo patamar de
conhecimento, que hoje se apresenta como componente fundamental para
conseguirmos nos inserir em determinadas áreas do mercado de trabalho.
2-
REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO
Alguns fatos que vem acontecendo no mundo nos
conduzem a mudanças em relação ao ensino tradicionalista dentro das escolas e
as novas estratégias/práticas que podemos adotar para que não continuemos na
mesmice e consigamos atrair cada vez mais nossos alunos para a sala de aula.
As várias
transformações que vem acontecendo nas sociedades trazem muitos desafios,
verificando o homem do campo a necessidade de acompanhá-las e dominá-las para
se sentir capaz de participar da sociedade atual, que vem sofrendo mudanças sobretudo no mundo do
trabalho. Muitos de nossos alunos almejam uma vida mais digna, com menos
sacrifício e tentam ir embora das propriedades rurais, mas quando chegam nas
cidades esbarram na falta de conhecimento, capacitação nas tecnologias atuais.
A difusão das novas
tecnologias, que hoje se tornou uma ferramenta básica, para a nossa sociedade,
vem sofrendo mudanças de várias formas e que se destacam, sobretudo no mundo
trabalho.
Como é evidente, esperamos que os nossos alunos sejam aprendizes capazes
de caminhar por conta própria no mundo das tecnologias, ficando a escola como
espaço para essa operacionalização, como um espaço para a produção de novas
práticas que possibilitem a interação entre homens e as mudanças que se operam
no seu meio social, através do desenvolvimento de competências técnicas
individuais.
2- O PROFISSIONAL
O profissional deve se
capacitar, evoluir, mas sem perder suas características pessoais. Deve
valorizar os sentimentos e emoções do educando, tornando visíveis nossos
valores, atitudes e idéias.
A formação profissional
nessa nova tendência é fundamental, pois esse tipo de informação não é
encontrado nos cursos atuais, ficando a cargo do profissional cuidar do seu
crescimento pessoal e intelectual.
O desejo de aprender do educador motiva aos
outros o desejo de aprender. Um educador com credibilidade e visão construtiva
da vida contribuem muito para que os alunos queiram aprender e se aceitem
melhor.
Nas sociedades em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil, a grande maioria dos indivíduos
encontra-se fora das condições de competitividade dos mercados, sem possibilidades
imediatas de se integrar neste novo padrão de competência.
Ademais, o modelo de
escola existente, reproduz ainda os padrões de formação típicos das
necessidades postas pelo mundo industrial e que submetem o conjunto dos processos
educativos escolares ao imediatismo da formação técnico-profissional restrita, quando
atualmente, as demandas são por competências desenvolvidas a partir de
conceitos ou categorias como: flexibilidade; trabalho em equipe; multi-habilitação;
policognição; polivalência e formação abstrata.
Muitos precisam de
capacitação mais rápida e de fácil acesso se tornando viável a capacitação a
distância, que para seu manuseio usa a informática como ferramenta principal.
Adequar a esse novo mercado é essencial para manter-se atualizado e inserido
socialmente, visto que, a informática está crescendo também no ramos das
comunicações.
Moran acredita que o
profissional precisa de algumas diretrizes básicas para ser um excelente profissional:
·
Crescer profissionalmente, atento a mudanças e
aberto à atualização.
·
Conhecer a realidade econômica, cultural, política
e social do país, lendo atenta e criticamente jornais e revistas impressos e na
internet.
·
Participar de atividades e projetos importantes da
escola.
·
Escolher didáticas que promovam a aprendizagem de
todos os alunos, evitando qualquer tipo de exclusão e respeitando as
particularidades de cada aluno, como sua religião ou origem étnica.
Surpreender, cativar, conquistar os estudantes a todo momento.
·
Orientar a prática de acordo com as características
e a realidade dos alunos, do bairro, da comunidade.
·
Participar como profissional das associações da
categoria e lutar por melhores salários e condições de trabalho.
·
Utilizar diferentes estratégias de avaliação de
aprendizagem – os resultados são a base para elaborar novas propostas
pedagógicas. Não há mais espaço para quem só sabe avaliar com provas.
3- AS TECNOLOGIAS NO ENSINO
A comunicação digital está
aproximando as pessoas em tempo real e agilizando a aquisição de informações,
tornando-se essencial a manipulação desta ferramenta como auxiliar na busca de
informações atualizadas e de fontes diversificadas.
A tecnologia ajuda a
melhorar o desempenho das atividades já realizadas e para os alunos é usada
como ferramenta de apoio como: navegação em ambientes de dados, programas de
textos, planilhas e ambientes virtuais de aprendizagem.
Os alunos já são
familiarizados com o ambiente virtual tornando mais fácil combinar os momentos
em sala de aula com atividades de pesquisa, comunicação e produção a distância.
A webquest é uma boa interação
entre professor e alunos, que pode ser de conhecimentos gerais ou dado em sala
de aula.
As escolas informatizadas
estão abertas para o mundo, ocorrendo uma grandiosa interação entre
profissionais, alunos e demais interessados em conhecer e avaliar essa
instituição.
As ferramentas no uso da
internet são muitas e variadas, tornando as aulas diversificadas e atrativas.
4- O PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
A tecnologia deverá assumir
um papel duplo na escola. Em primeiro lugar, deverá ser uma ferramenta para
facilitar a comunicação entre profissionais dentro do ambiente da escola e
também aos pesquisadores ou consultores externos, facilitando a presença de
suporte virtual desse sistema dentro da escola em segundo lugar, a tecnologia
permitirá a realização de uma pedagogia que proporcione a formação dos alunos,
possibilitando o desenvolvimento de habilidades que serão fundamentais na
sociedade do conhecimento. É importante deixar claro que somente a inclusão da
tecnologia da escola não é indicação de mudança. O fato de o aluno usar o
computador para realizar tarefas (agora bem apresentadas, coloridas, amimadas,
etc.) Não é indicação de que ele compreendeu o que fez.
A qualidade da interação
aprendiz-objeto, descrita por Piaget, é particularmente pertinente no caso do
uso da informática e de diferentes softwares educacionais. Do mesmo modo que
não é o objeto que leva à compreensão, não é computador que permite ao aluno
entender ou não um determinado conceito. A compreensão é fruto de como o
computador é utilizado e de como o aluno está sendo desafiado na atividade de
uso desse recurso. Essa mudança é muito mais complicada e os desafios são
enormes. Porém, se eles não forem atacados com todos os recursos e energia que
nós, educadores, dispomos, corremos o risco de ter que nos contentar em
trabalhar num ambiente obsoleto e em descompasso com a sociedade atual.
5- EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, NOVAS TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES
As
perspectivas para a Educação a Distância na formação continuada da atualidade
são altamente promissoras e plenas de desafios, sobretudo para os educadores e
todos os envolvidos com a formulação de políticas públicas e planejamento
educacional. De início, pode-se afirmar que o segmento da educação denominado
Tecnologia da Educação passa por profundas transformações resultantes dos
avanços ocorridos no campo da tecnologia de informações e comunicações, o que,
simplesmente, fortalece a Educação a Distância. Esta tem suas origens no ensino
por correspondência e se destinava inicialmente a exercer um papel meramente
complementar ao sistema formal. Agora desponta como um recurso de
impressionante força, capaz de produzir mudanças radicais no mundo da educação,
quer sob aspecto metodológico, quer sob o aspecto de democratização da
educação.
Quanto à Educação
Continuada, é bom lembrar que o Código de Ética das Profissões sempre exigiu de
seus credenciados atenção especial em relação a iniciativas de atualização.
Hoje, face à velocidade da mudança e a verdadeira evolução provocada no mundo
das telecomunicações, atualizar-se passou a ser algo praticamente compulsório
para todo e qualquer profissional. No campo dos educadores e, mais
especificamente, dos professores brasileiros, entretanto, as melhorias
ocorridas no campo da disponibilidade e organização de dados estatísticos
demonstram que o problema é mais crítico.
Na corrida para acompanhar
as transformações que se operam fora de seus muros, a Escola, mais uma vez,
revela-se defasada se comparada com as iniciativas desenvolvidas no ambiente
das grandes corporações comerciais e industriais.
6- A INTERNET E A ESCOLA
O excepcional avanço do uso da Internet vem
demonstrando claramente os impactos que ela pode provocar e, de maneira geral,
vem mesmo provocando em diversos setores de uma sociedade globalizada. No
Brasil, o número de usuários da internet aumenta de maneira expressiva. Nas
escolas brasileiras, especialmente nas públicas, o uso desse recurso ainda é
reduzido, apesar da maioria delas estarem devidamente equipadas com artigos de
informática.
A nossa escola,
fundamentalmente, ainda continua uma prática baseada num paradigma
instrucionista, preocupando-se apenas com a transmissão dos conteúdos, pelo
professor-emissor e a demonstração de domínios desses conteúdos, pelo
aluno-receptor. Como, de maneira geral, os professores ainda carecem de uma
formação mais adequada para imaginar e levar a cabo atividades de uso mais
significativo do computador, a tendência, sem muitas surpresas foi a do uso da
internet como fonte de informação para as famosas “pesquisas” escolares.
Através da Internet, um
aluno pode acessar muito mais fontes de informações do que na biblioteca de sua
escola. Mas há de se observar que é também uma biblioteca sem controle, que
oferece dados e informações das mais diferentes formas e da mais variada
qualidade e confiabilidade. Essa questão pode ser bem explorada pelo professor.
Capacidade crítica é uma competência a ser desenvolvida e matérias disponíveis
na Internet podem servir como objeto de análise pelos alunos e pontos para
discussão em aulas.
Não podemos nos esquecer
que esse tipo de “pesquisa”na Internet daria ao aluno oportunidade de estar
enganando o seu professor ao criar textos que são meras colagens. Indo a várias
fontes, cuja origem fica com a identificação mais difícil e com os recursos dos
browsers que lhe permitem, através de operações de copiar e colar, juntar
textos de terceiros, o aluno poderá fazer com que passem como sendo de sua
produção, textos que na realidade são de outros. Ele poderá trapacear sem
muitas dificuldades.
Nessa perspectiva,
entendemos que muito mais interessante, em princípio seria o uso da Internet
como um ponto focal de pesquisa numa aprendizagem baseada em problema ou em
projeto.
7- BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Parâmetros Curriculares
Nacionais – Introdução. Secretaria da Educação Fundamental, Brasília, DF:
MEC/SEF. 1998. 174p.
BRASIL, Parâmetros Curriculares
Nacionais – Tema Transversais. Secretaria da Educação Fundamental, Brasília,
DF: MEC/ SEF. 1998. 436p.
BELLONI, Maria Luiza. Tecnologia e formação de professores rumo a uma
pedagogia pós-moderna? Educação & Sociedade. Campinas; CEDES, ano
XIX, n° 65, dez. 1998, pp. 143-162.
MELLO, Guimar Namo. Cidadania e
Competitividade – Desafios Educacionais do terceiro Milênio. Cortez Editora,
São Paulo, 2002.
MORAN, José Manuel. A educação que
desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Papirus editora, São Paulo, 2007.
MORAN, José Manuel e Marcos T. Masetto.
Novas Tecnologias e mediação pedagógica Papirus editora, São Paulo, 2007.